sexta-feira, 18 de outubro de 2013

ESPONTÂNEO...

Espontâneo


Na nossa casa as brincadeiras a três estavam sempre presentes e nessa noite, estávamos muito divertidos e muito bem dispostos. Brincámos muito, cantámos muito, dançámos muito e demos grandes gargalhadas. Nunca nos davas descanso.
Não tínhamos bebido café a seguir ao jantar e como já estávamos um pouco cansados, resolvemos fazer um pequeno intervalo. Sim pequeno, porque tu não deixavas que fosse de outra maneira e fomos os três para a cozinha fazer o café.
Já um pouco mais calmos, mas sempre com um sorriso nos lábios de tanta alegria e felicidade, lá tomamos o café. De repente pediste-me colo e chamaste também o avô. Rodeaste com os teus bracitos os nossos pescoços e logo a seguir beijaste cada um de nós.
Mas o que foi aquilo?... O que se estava a passar?... Não há palavras que possam quantificar nem qualificar, o que mais uma vez nos estava a acontecer. Eras uma luzinha na nossa vida, porque eras de facto uma coisa muito boa, muito gira, muito especial... A tua expressão era impagável!
Fizeste-nos isso muitas vezes e não existem palavras que definam a nossa relação. Irradiavas tanta felicidade, que tinhas o dom de fazer feliz quem estava junto de ti. Eras uma criança muito, muito doce.
Por tudo isto e não só, as coisas mais simples da vida ganhavam ainda mais sabor e tínhamos mais prazer em tudo o que fazíamos. Tentávamos que quando estivesses na nossa casa, houvesse sempre, alegria, bagunça, carinho, comida gostosa, compreensão, harmonia, respeito, ternura e muito amor.
Queremos que cresças sem esgotarmos o nosso afeto.

Isabel Beato

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