terça-feira, 26 de novembro de 2013

PARA AS CRIANÇAS...



Para as crianças amantes das poesias, o vasto apetite de conhecer o mundo das letras,

é igual aos dos viajantes que partem de corações leves, como balões de luz, à procura

de Histórias de encantar.

Era uma vez, um país, chamado país das letras, situado muito perto das estrelas.

Fontes de luz iluminavam o palacete, onde viviam as letras, rainhas e senhoras das

palavras e onde se faziam os mais belos poemas de amor!

Haviam festas com bailados de palavras, abrilhantadas pela orquestra dos sóis, anjos e

arcanjos e pelas águas eternas do Universo.

- Como seria a poesia no Mundo dos homens? - diziam elas…

Que ideia tão interessante ir até à Terra, ao Mundo dos homens, ver outras letras,

conhecer outras culturas......e porque não, ficarem um tempo por lá....viajando no

Mundo do sonho e da palavra?

- A Terra devia ser linda!

- Devia haver nela um mundo poético, cheio de encanto e luz! Que lindo devia ser!

Para partir, era só preciso coragem, e desejo de aventura…

Na terra dos homens, devia haver paisagens, oceanos, com cores deliciantes,

sereias, dunas desertas, florestas luxuriantes, neves eternas, formigas,

elefantes…devia ser um mundo de poesia e de palavras novas…

- Partamos! - dizia D. Palavra.

- Cuidado com a TERRA......avisava o Sr Alfabeto

Chegaram às fronteiras e lá passaram na escuridão da noite!

Repousaram-se nalguns bancos de jardim! Viram homens pequenos, grandes, nus,

outros vestidos, negros, brancos com olhos de amêndoa,uns violentos, outros serenos e meigos....

Afinal a Terra era aquilo! Que lindo!…Como conviver com outras letras?

Era esse o problema principal! Saber um pouco sobre elas…

Afinal, ir à descoberta não era fácil!

A noite estava escura e não havia luar!

Viam-se jornais pelo chão, livros, latas de cerveja, cascas de laranja…

- Que porcaria! - diziam as letras!

- Que se passa? Que fazem vocês pelo chão? - perguntavam as letras

intrigadas.

- E vocês que fazem aqui? – perguntavam as letras da terra?

- Viemos fazer uma experiencia convosco, dar um abraço aos poetas da

terra e a vocês!

- Fraco gosto! Não tarda os homens do lixo vêm buscar-nos e nós lá

vamos para a reciclagem do papel!

- As pessoas aqui ralam-se pouco connosco! Já nos espezinharam

muito! Cuspiram-nos na cara…e dão-nos pontapés…e os poetas são

considerados loucos por gostarem de nós!

- Mas os homens seriam todos assim? - questionavam as letras.

Olhando com pena, as letras dos jornais, D. Palavra, achou que no

mundo dos homens, afinal não havia respeito. Era preciso uma reunião urgente

entre as letras do mundo e as letras do país do sol!

- Temos de nos reunir, e lutar por nós! Não vale a pena viver num

mundo tão mau, onde ninguém respeita ninguém!...Vamos descansar um

pouco e pela manhã marcamos reunião!...

De manhã quando acordaram, estava tudo calmo. Não se ouviam os

gemidos das letras…somente o murmúrio das vogais, letras pequeninas, que

quase não sabiam falar. Que lhes teria acontecido? De repente…

Saltou duma janela o sr B., e outras letras!

- Procuram as nossas irmãs? Entre muitos gritos, elas foram levadas à

força pelos homens do lixo! Aqui ninguém vive em paz!

- Que bom terem chegado! É a hora da revolução! Todas as letras juntas

e poetas…Faremos uma revolução! Vivo aqui nesta casa com outras letras e

poetas! Temos de fugir daqui!...

- Quando chegar a noite- dizia D. Palavra.

- Certo… certo, diziam todas felizes de contentamento.

A noite chegou! Com muito cuidado para não fazerem barulho,

levantaram-se e espreitavam atrás de pedras.

D. Palavra, do país das letras com seus cabelos verdes, olhos roxos, e

um vestido de poesia, dava o 1º sinal!

- Partida!

E lá corriam as letras e poetas! Haviam poças no chão onde as letras se

banhavam….

-Oh! Oh! Oh!

-Ah! Ah! Ah!-

-Brr! Brr! Brr!

-Ih! Ih! Ih! Ih!

Os poetas iam cantarolando…e foram indo por entre grutas, montanhas,

rios, riachos e vales!

- Ai ai ai! - gritava um…

- Ui ui ui esperem por mim! - gritava outro…

Chegaram!

Houve um momento de grande confusão! Davam cambalhotas, todos

riam, batiam palmas, davam gargalhadas! A palavra fazia o pino e o Alfabeto

dava saltos mortais!… Depois de todas estas habilidades, poetas e letras

acharam que deviam chamar àquele cantinho: O solar de poetas…

Hoje ainda se chama assim….e muitas palavras e poetas emigram da

terra para lá, talvez estejam à vossa espera. Não deixem de ir!...

Nós os Lipinhos, já lá estamos!
PARA O NOSSO BLOGUINHO



SOLAR DE POETAS 



Para as crianças amantes das poesias, o vasto apetite de conhecer o mundo das letras,

é igual aos dos viajantes que partem de corações leves, como balões de luz, à procura 

de Histórias de encantar.

Era uma vez, um país, chamado país das letras, situado muito perto das estrelas.

Fontes  de luz iluminavam o palacete, onde viviam as letras, rainhas e senhoras das 
 
palavras e onde se faziam os mais belos poemas de amor!

Haviam festas com bailados de palavras, abrilhantadas pela orquestra dos sóis, anjos e 

arcanjos e pelas águas eternas do Universo.

- Como seria a poesia no Mundo dos homens? - diziam elas…

Que ideia tão interessante ir até à Terra, ao Mundo dos homens, ver outras letras,
 
conhecer outras culturas......e porque não, ficarem um tempo por lá....viajando no

 Mundo do sonho  e da palavra?

- A Terra devia ser linda!

- Devia haver nela um mundo poético, cheio de encanto e luz! Que lindo devia ser!

Para partir, era só preciso coragem, e desejo de aventura… 

Na terra dos homens, devia haver paisagens, oceanos, com cores deliciantes,

sereias, dunas desertas, florestas luxuriantes, neves eternas, formigas,

elefantes…devia ser um mundo de poesia e de palavras novas…

- Partamos! - dizia D. Palavra.

- Cuidado com a TERRA......avisava o Sr Alfabeto

Chegaram às fronteiras e lá passaram na escuridão da noite!

Repousaram-se nalguns bancos de jardim! Viram homens pequenos, grandes, nus,

outros vestidos, negros, brancos com olhos de amêndoa,uns violentos, outros serenos e meigos....

Afinal a Terra era aquilo! Que lindo!…Como conviver com outras letras?

Era esse o problema principal! Saber um pouco sobre elas…

Afinal, ir à descoberta não era fácil!

 A noite estava escura e não havia luar!

Viam-se jornais pelo chão, livros, latas de cerveja, cascas de laranja…

- Que porcaria! - diziam as letras!

- Que se passa? Que fazem vocês pelo chão? - perguntavam as letras

intrigadas.

- E vocês que fazem aqui? – perguntavam as letras da terra?

- Viemos fazer uma experiencia convosco, dar um abraço aos poetas da

terra e a vocês!

- Fraco gosto! Não tarda os homens do lixo vêm buscar-nos e nós lá

vamos para a reciclagem do papel!

- As pessoas aqui ralam-se pouco connosco! Já nos espezinharam

muito! Cuspiram-nos na cara…e dão-nos pontapés…e os poetas são

considerados loucos por gostarem de nós!

- Mas os homens seriam todos assim? - questionavam as letras.

Olhando com pena, as letras dos jornais, D. Palavra, achou que no

mundo dos homens, afinal não havia respeito. Era preciso uma reunião urgente

entre as letras do mundo e as letras do país do sol!

- Temos de nos reunir, e lutar por nós! Não vale a pena viver num

mundo tão mau, onde ninguém respeita ninguém!...Vamos descansar um

pouco e pela manhã marcamos reunião!...

De manhã quando acordaram, estava tudo calmo. Não se ouviam os

gemidos das letras…somente o murmúrio das vogais, letras pequeninas, que

quase não sabiam falar. Que lhes teria acontecido? De repente…

Saltou duma janela o sr B., e outras letras!

- Procuram as nossas irmãs? Entre muitos gritos, elas foram levadas à

força pelos homens do lixo! Aqui ninguém vive em paz!

- Que bom terem chegado! É a hora da revolução! Todas as letras juntas

e poetas…Faremos uma revolução! Vivo aqui nesta casa com outras letras e

poetas! Temos de fugir daqui!...

- Quando chegar a noite- dizia D. Palavra.

- Certo… certo, diziam todas felizes de contentamento.

A noite chegou! Com muito cuidado para não fazerem barulho,

levantaram-se e espreitavam atrás de pedras.


D. Palavra, do país das letras com seus cabelos verdes, olhos roxos, e

um vestido de poesia, dava o 1º sinal!

- Partida!

E lá corriam as letras e poetas! Haviam poças no chão onde as letras se

banhavam….

-Oh! Oh! Oh!

-Ah! Ah! Ah!-

-Brr! Brr! Brr!

-Ih! Ih! Ih! Ih!

Os poetas iam cantarolando…e foram indo por entre grutas, montanhas,

rios, riachos e vales!

- Ai ai ai! - gritava um…

- Ui ui ui esperem por mim! - gritava outro…

Chegaram!

Houve um momento de grande confusão! Davam cambalhotas, todos

riam, batiam palmas, davam gargalhadas! A palavra fazia o pino e o Alfabeto

dava saltos mortais!… Depois de todas estas habilidades, poetas e letras

acharam que deviam chamar àquele cantinho: O solar de poetas…

Hoje ainda se chama assim….e muitas palavras e poetas emigram da

terra para lá, talvez estejam à vossa espera. Não deixem de ir!...

Nós os Lipinhos, já lá estamos!

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