sábado, 16 de novembro de 2013

CONTA-ME UMA HISTÓRIA?

Contas-me uma História ?

Cinco da tarde,
Anita brincava com os dedos em roda circular...
sem nada para fazer naquela tarde de chuva, apenas a pensar!
Apesar de já ser adulta, lembrava-se dos tempos de criança!
Daquela tarde em que a mãe lhe serviu o chá das cinco,
Na sua pequena loicinha em porcelana, branca com uma flor em amarelo
e junto um pratinho com bolo de caramelo!
que sua mãe fez para que brincar e parecer de verdade
o chá doce era de limão, com travo a mel,
Anita feliz, deu mentalmente o chá à sua boneca,
sim pois, porque as boneca não comem, era feita de barro,
encostou-lhe a pequena caneca à boca,
como se ela fosse gente de verdade, mas era apenas oca...
Ai... “os meus velhos tempos”... dizia a sua mãe,
“em que eu era criança e brincava também!”
Anita aos saltinhos dizia: “Conta-me uma História mãezinha!”
ao que a mãe respondeu:
“ainda é cedo, não são horas de dormir, mas a História é esta,
talvez um dia quando cresceres e te lembres destes momentos,
sintas saudade deste tempo,e recordes em pensamento
as nossas viagens a brincar...
terás então tua história para contar,
os nossos mágicos momentos! Conta-os aos teus rebentos
e eles serão gravados no livro da nossa vida, ficarão eternos!”
E assim a Anita continua a brincar com seus dedos,
já dormentes de rodopiar na mesa
quando ouve uma voz de surpresa!
“ mãe, conta-me uma história”
Anita, com os olhos a brilhar, começa a contar...
“Era uma vez, no chá das cinco, uma criança feliz que brinca
ás casinhas com a sua mãe, e a convidada para o chá,
era a sua boneca de barro, as três fizeram cruzadas,
nas tardes chuvosas de trovoadas
contavam Historinhas, e a vida passou...
mas as lembranças ficaram, pois juntas brincavam ao faz de conta,
construiram velhos momentos, coisas lindas para contar aos seus rebentos”
A filha da Anita, sorriu e perguntou se quando era criança não tinham computador,
a mãe respondeu: “Não querida, tinha-mos amor,
imaginação e prazer em brincar com coisas boas do coração!
Escrevia-mos histórias de doces momentos, e sorria-mos...
ai...que saudade dos velhos tempos!”
A filha deu-lhe um abraço e respondeu:
“Um dia mãe,quem vai contar essa História sou eu!”
e assim como prometeu.... escreveu
A filha da Anita, sou eu!

Celeste Seabra

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