Pedrinho descobre o prazer da leitura
Pedrinho era um menino feliz. Como todas as crianças gostava de correr pelos campos, trepar nas árvores, meter os pés nos ribeiros e chapinhar na chuva.
Era doce , sonhador e traquina.
Na quinta da avó Maria passava dias entre o pomar e os galinheiros.
Quando a avó o chamava para fazer os trabalhos da escola, ele obedecia, mas num instante estava pronto a retomar a brincadeira.
E a leitura? tens de ler o texto Pedrinho, advertia dona Maria com ansiedade. O neto detestava ler e isso deixava-a entristecida, pois sabia que através da leitura se adquiriam conhecimentos para a vida.
Ela não estudara. Os tempos eram outros, mas aprendera a juntar as letras e com esforço e dedicação aprendera a ler.
E os tempos livres passava-os na biblioteca. Sim, tinha uma pequena biblioteca.
Pedrinho rolava os olhos e respondia que o texto não tinha bonecos, ou seja ilustração.
Sentava-se com o livro aberto na cozinha com cheiro a maçã.
E lia com a avó.
Esta falava-lhe sobre a ilha que o texto referia e sobre os indíos ali presentes. A avó falava com um entusiasmo que o neto não entendia.
Dia após dia as brincadeiras de bicicleta, a caça aos grilos e os programas na televisão faziam as delícias do pequeno.
Uma noite a doce e paciente avó chamou o neto ao seu quarto e convidou-o à leitura. Pedrinho reclamou. Afinal estava a preparar-se para ver a serie na Tv. A avó perguntou se a seguir ao programa estava disposto a ler. Prometeu que sim e correu para a sala juntando-se ao avô no sofá.
Os olhos saltitavam de excitação com seu herói.
Depois quando terminou foi ao quarto da avó.
Sentou-se esfregando os olhos sonolentos.
A senhora leu-lhe uma bela história.
E pedrinho ouvia.
E fez uma pergunta: - Avó e esse rei era mesmo mau? assim mesmo? ...é só histórinha não é? -
A avó ficou perplexa, pois nunca seu menino formulara uma pergunta sobre algo lido.
Sentiu um laivo de contentamento e disse:- Querido este rei existiu . Reinou no nosso País há muitos, muitos anos atrás. Foi um rei mau, mas outros existiram e com melhor coração.
Pedrinho fez mais perguntas. Ficara indignado com tamanha maldade.
E de noite sonhou com reinos, reis , rainhas, castelos e conquistas.
Ficou curioso sobre o assunto.
Um dia dona Maria ficou pasmada ao ver o neto empoleirado num escadote na biblioteca.
Estava à procura de livros de reis. Queria saber afirmava com voz dura e convicta, porque eram os reis assim. Embora a avó lhe tenha garantido que houvera reis bons, ele duvidava. Queria ver, sim, iria ler a ver quem eram esses reis e se tinham sido castigados. Ou os reis ficavam impunes?
franziu os olhos.
E passou uma tarde de volta dum livro.
Foi o começo do amor aos livros.
Apesar de ser louco pelos prazeres da quinta e das brincadeiras ao ar livre, de vez em quando era apanhado debaixo dum pessegueiro com um livro aberto.
Emíla Maria
Pedrinho era um menino feliz. Como todas as crianças gostava de correr pelos campos, trepar nas árvores, meter os pés nos ribeiros e chapinhar na chuva.
Era doce , sonhador e traquina.
Na quinta da avó Maria passava dias entre o pomar e os galinheiros.
Quando a avó o chamava para fazer os trabalhos da escola, ele obedecia, mas num instante estava pronto a retomar a brincadeira.
E a leitura? tens de ler o texto Pedrinho, advertia dona Maria com ansiedade. O neto detestava ler e isso deixava-a entristecida, pois sabia que através da leitura se adquiriam conhecimentos para a vida.
Ela não estudara. Os tempos eram outros, mas aprendera a juntar as letras e com esforço e dedicação aprendera a ler.
E os tempos livres passava-os na biblioteca. Sim, tinha uma pequena biblioteca.
Pedrinho rolava os olhos e respondia que o texto não tinha bonecos, ou seja ilustração.
Sentava-se com o livro aberto na cozinha com cheiro a maçã.
E lia com a avó.
Esta falava-lhe sobre a ilha que o texto referia e sobre os indíos ali presentes. A avó falava com um entusiasmo que o neto não entendia.
Dia após dia as brincadeiras de bicicleta, a caça aos grilos e os programas na televisão faziam as delícias do pequeno.
Uma noite a doce e paciente avó chamou o neto ao seu quarto e convidou-o à leitura. Pedrinho reclamou. Afinal estava a preparar-se para ver a serie na Tv. A avó perguntou se a seguir ao programa estava disposto a ler. Prometeu que sim e correu para a sala juntando-se ao avô no sofá.
Os olhos saltitavam de excitação com seu herói.
Depois quando terminou foi ao quarto da avó.
Sentou-se esfregando os olhos sonolentos.
A senhora leu-lhe uma bela história.
E pedrinho ouvia.
E fez uma pergunta: - Avó e esse rei era mesmo mau? assim mesmo? ...é só histórinha não é? -
A avó ficou perplexa, pois nunca seu menino formulara uma pergunta sobre algo lido.
Sentiu um laivo de contentamento e disse:- Querido este rei existiu . Reinou no nosso País há muitos, muitos anos atrás. Foi um rei mau, mas outros existiram e com melhor coração.
Pedrinho fez mais perguntas. Ficara indignado com tamanha maldade.
E de noite sonhou com reinos, reis , rainhas, castelos e conquistas.
Ficou curioso sobre o assunto.
Um dia dona Maria ficou pasmada ao ver o neto empoleirado num escadote na biblioteca.
Estava à procura de livros de reis. Queria saber afirmava com voz dura e convicta, porque eram os reis assim. Embora a avó lhe tenha garantido que houvera reis bons, ele duvidava. Queria ver, sim, iria ler a ver quem eram esses reis e se tinham sido castigados. Ou os reis ficavam impunes?
franziu os olhos.
E passou uma tarde de volta dum livro.
Foi o começo do amor aos livros.
Apesar de ser louco pelos prazeres da quinta e das brincadeiras ao ar livre, de vez em quando era apanhado debaixo dum pessegueiro com um livro aberto.
Emíla Maria
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