O REINO DOS
ANIMAIS!
Fui à rua espreitar
O pardalinho a cantar
Lá no beiral do telhado.
Qual não foi o meu espanto
Que numa telha a uma canto
Tinha um ninho enfeitado!
Mais pardalitos existiam
E migalhinhas comiam
Daquele pão lá de casa.
Depois quando eu lhes mexi
Chilrearam, eu ouvi
E bateram, a sua asa!
E no canteiro das flores
Um grilo de linda cores
Entoava a sua canção.
Lentamente me aproximei
E com jeitinho o agarrei
Colocando-o na minha mão.
E o burro do vizinho
Vinha devagarinho
A erva do prado comer.
E quando ele zurrava
Um miminho eu lhe dava
Cenouras…pró entreter!
E as vacas na pastagem
Tinham da sua linhagem
Um vitelinho pequeno.
Enquanto na velha eira
Ia uma cobra rasteira
Pra injectar o veneno.
E o cão do pastor, ladrando
Ali sentado, esperando
Que lhe dessem osso bom
O gato Óscar miava
E todo ele se enrolava
No seu tão longo ronrom!
E o galo mariola
Todo ele em festarola
Ia galando as galinhas.
Não querem lá ver pois isto
Ave-Maria, santo Cristo
Deixou-as depenadinhas!
Bicharada dum castigo
Mas que afinal vos digo
Fazem falta sim senhor.
Seja bom, seja mau bicho
É certo que não são lixo
E devem ter…todo o amor!
"O Poeta Alentejano"- Renato Valadeiro
Copyright- All rights reserved
Fui à rua espreitar
O pardalinho a cantar
Lá no beiral do telhado.
Qual não foi o meu espanto
Que numa telha a uma canto
Tinha um ninho enfeitado!
Mais pardalitos existiam
E migalhinhas comiam
Daquele pão lá de casa.
Depois quando eu lhes mexi
Chilrearam, eu ouvi
E bateram, a sua asa!
E no canteiro das flores
Um grilo de linda cores
Entoava a sua canção.
Lentamente me aproximei
E com jeitinho o agarrei
Colocando-o na minha mão.
E o burro do vizinho
Vinha devagarinho
A erva do prado comer.
E quando ele zurrava
Um miminho eu lhe dava
Cenouras…pró entreter!
E as vacas na pastagem
Tinham da sua linhagem
Um vitelinho pequeno.
Enquanto na velha eira
Ia uma cobra rasteira
Pra injectar o veneno.
E o cão do pastor, ladrando
Ali sentado, esperando
Que lhe dessem osso bom
O gato Óscar miava
E todo ele se enrolava
No seu tão longo ronrom!
E o galo mariola
Todo ele em festarola
Ia galando as galinhas.
Não querem lá ver pois isto
Ave-Maria, santo Cristo
Deixou-as depenadinhas!
Bicharada dum castigo
Mas que afinal vos digo
Fazem falta sim senhor.
Seja bom, seja mau bicho
É certo que não são lixo
E devem ter…todo o amor!
"O Poeta Alentejano"- Renato Valadeiro
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